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A mostrar mensagens de abril, 2010

Viagens #1

Faltam poucas horas para seguir para um novo recomeço. Não cabe mais nada no carro mas se pudesse até o ar daqui levava.

A propósito...

http//www.publico.pt/Tecnologia/camara-de-coimbra-corta-acesso-dos-funcionarios-ao-facebook_1433256 Eu também tive uma quinta mas não jogava na hora do trabalho. Em boa verdade aquilo dava mais trabalho que uma quinta a sério. E ainda bem que a minha mãe não sabe destas novidades, senão o mais certo era perguntar-me se eu queria uma enchada para me ocupar nas horas vagas.

Oh não!

O que foi que fizeram ao "meu" Jim Carrey?

Viagens

Nas minhas viagens de carro penso em tudo. Observo, rio sozinha, ponho a música nas alturas até que a voz da locutora reaparece e baixo novamente o volume. Decoro nomes de terras. Imagino como serão as rotinas das gentes das terras por onde passo. Vejo as pessoas nos outros carros. Imagino vidas. Parece-me que somos mais atentos quando a realidade nos é estranha. Somos mais permeáveis à paisagem. Tudo nos impressiona mais facilmente porque nada do que vemos é habitual aos nossos olhos. É por isso que se formos uma única vez à Torre Eiffel vamos adirá-la muito mais do que se lá passarmos todos os dias. Falo de paisagens humanas. O mar será sempre bonito, o rio e a foz da minha terra hão-de ser sempre generosos em beleza. Do nome das terras penso com frequência na sua origem. Não raras as vezes penso para mim mesma que depois vou pesquisar a existência daquele nome, desistindo porém de tal tarefa histórica. Manias. Ontem passei pela indicação de Alhandra. Uma pequena localidade perto de

Out

Foi na sexta-feira. Talvez tenha "despido a camisola" muito antes do dia em que me emocionei por deixar o sítio que me sorveu horas, mas que me permitiu pensar na vida de modo diferente. Saio com a sensação que o meu contributo possa ter sido nulo, breve, forjado de pequenos nadas. Ali chorei e ri e dali sempre quis sair. Tanto, ao ponto de um dia desesperar e escorregar por um buraco enorme que, só aos poucos, fui trepando e convencendo-me que por aqui devia ficar. E ainda bem que o fiz! Tenho a certeza de não fiz um trabalho extraordinário e que o meu esforço poderia ter sido a triplicar e talvez aí a identificação com esta organização tenha falhado. As pessoas tendem a não separar o que somos, do que temos necessidade de fazer em termos de trabalho e depois a convivência pode tornar-se pior. E sinto que pouco aprendi, talvez leve muito pouco e deixe outro tanto.

Morada/Rua/Beco/Avenida

Há muita coisa que pode correr mal quando estamos convictos de que temos uma morada e, afinal de contas, não é aquela que todas as entidades, de repente, se lembraram de rejeitar. Há cerca de 10 anos eu vivia no Lugar de Belinho - Antas (tão somente). Depois, chegou o arruamento à civilização e passou a haver nome de rua. Só mais tarde vieram os números das portas. Desde aí, a minha morada tinha o nome do Poeta que fora nosso vizinho* - Rua Poeta António Correia de Oliveira, nº 6, embora no início do caminho fosse colocada a placa "cangosta dos Caseiros", alusiva às famílias do meu avô. Placa essa que foi arrancada do muro (não se sabe bem porquê e por quem) e milagrosamente reposta, uns meses depois. E é esta placa que vem originar a confusão passado todos estes anos em que decidiram dar nome aos becos e aos caminhos. E vem-nos impor a mudança de morada para tudo quanto é serviço, caso contrário toda a correspondência é devolvida porque o "carteiro" não é da terra

Em toda a parte

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A distância é um fogo onde vou chegar num abraço fechado para te levar por campos abertos por onde puder levar-te por dentro para não te perder nem com mil tormentas que arrasem o mundo em qualquer lado onde quer que eu vá levo no corpo o desejo de te abraçar em toda a parte onde quer que o sonho me leve hei-de lembrar-me de ti por outros caminhos hei-de vaguear num abraço fechado para te levar e há uma canção que um dia aprendi eu hei-de cantá-la a pensar em ti em qualquer lado onde quer que eu vá levo no corpo o desejo de te abraçar em toda a parte onde quer que o sonho me leve hei-de lembrar-me de ti. (Mafalda Veiga)

Porquê?

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Às vezes questiono-me... Para onde vou, o que faço aqui, o que procuro, o que sou, o que sonho, de que ilusões vivo, quais são os meus medos, que alegrias me movem, porque choro ou porque rio, que futuro, que existência, que destino, qual o caminho, até quando, por onde, o que fazer... É tudo tão simples se soubermos ser beijados pelo Sol a cada dia e se dentro de nós houver algo superior a tudo que possamos imaginar, algo que nos impele para uma existência que não é deste mundo, vai para além de tudo isto... Isto a propósito de abrir o email e ver uma mensagem da amiga que está em Madrid, com uma oferta de trabalho urgente... Mas porquê só agora? Porque assim acontece!

Ru

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O Ru está lá fora, na varanda, visivelmente debilitado e sem forças para voar. Estava meio perdido no passeio que dá acesso ao parque de estacionamento cá de casa. Apercebi-me que era um pombo correio pelas anilhas que tem nas duas patitas. Aproximei-me e nem reagiu mas afastou-se quando lhe tentei pegar. O senhor da loja das fotografias acabava de chegar e ajudou-me a pegar-lhe. Disse-me que também acolhe pombos na casa dele quando por lá passam e param uns dias. Disse-me para eu lhe dar água e comida que ele ficaria uns dias a restabelecer e voltaria a voar. -Mas eu não tenho milho nem sementes! Esmigalhei um pouco de pão e pus água na varanda. Bebeu de imediato e ficou parado a descansar e a olhar-me. E já borrou o chão! Não traz mensagem, apenas uns códigos e o registo do ano 2008. Vai ficar até quando quiser partir.
Estou só à espera que a bateria da máquina fotográfica carregue. Não sei para onde vou mas com este sol em casa não fico. Lá fora passa a procissão da Páscoa com a banda a tocar...e penso que é impressionante como a nossa vontade própria prevalece sempre aos costumes, à educação que recebemos, à cultura onde nos inserimos. Digo isto porque anos a fio cresci com as obrigações da igreja, com as idas à missa, com a catequese e hoje é domingo de Páscoa e nem a talha da igreja mais próxima vou ver. Nada deveria ser mecânico, nem mesmo as orações! E é curioso a importância que as pessoas dão aos momentos festivos. O Natal ganha aos pontos. Sempre, quer-me parecer.

Do dia...

Foi mais ou menos assim. Acordar às 08h00 e perceber que a Tortellin com espinafres da noite anterior continua na memória do meu estômago, mas nada que me tire a vontade do leite com café. Ainda mora por aqui a regueifa com canela que combina muito bem com doce de morango. Hum…! A chuva brinda-me mal ponho o pé fora da porta e por isso a volta é pequena. Em casa procuro separar papeladas e mais papeladas. Boa parte já foi para o lixo. O armário da roupa teve a mesma sorte. E bem que a podia levar toda para o contentor, mas ficaram alguns trapos, quase todos possíveis de classificar como autênticas peças vintage. Depois disto descubro que um negócio rentável é uma lavandaria. Nem quero fazer contas ao que paguei! Passo pela padaria e rendo-me ao pãozinho fresco para o almoço. Almoço que acabo por saltar em refeição quente pois perco-me no chão da sala a ver os papéis e a tirar as sortes dos que ficam e dos que serão reciclados. Sento-me no pc. Apetece-me escrever-te meu amor. Mas as pal