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A mostrar mensagens de abril, 2013

Amanhã, logo

Parto para as montanhas de Marrocos. Sem qualquer expectativa, apenas respirar deserto.

Crepúsculo

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Sem palavras.

Podia ser diferente mas não era o mesmo trambolho

#1 Vou no carro no quentinho e puxo as calças até cima do joelho para tentar apanhar sol nas pernas... #2 Páro na bomba de gasolina porque o carro entrou na reserva. Esqueço-me do pormenor das calças e saio em direção à caixa. Quando reparo na minha figureta já era tarde de mais... #3 Demorei cerca de 30m a montar a bicicleta porque um dos travões decidiu a sair do lugar. Põe roda, tira roda, puxa corrente, óleo nas mãos, na cara, na roupa...isto era suposto ser tranquilo, sem stress... #4 Fui até à Praia Grande e continuo a pergurtar-me porque estou eu com "pele de galinha", de pêlos arrepiados quando há pessoas estendidas á minha volta, de bikini, corpos Danone estendidos na areia e de cabelos ao vento... #5 Regresso a casa e depois de tentar lavar as mãos com o esfregão da loiça pergunto-me o que vou eu comer que estou com uma fome de leão (ando assim há uns meses). #6 Faço uma incursão pelo supermecado aqui do bairro e trago um manancial de calorias que devoro a

Fragmentos

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Particularidades de um dia de verão

Quando forem de carro passear à beira-mar, desliguem o reggaeton.

Hoje, céu azul com mar ao fundo

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Vi pessoas de bikini na praia e arrepiei-me. Sim, esteve sol mas daí a conseguir espolinhar-me na areia sem agasalho...E pergunto-me como é que esta gente consegue estar morena todo o ano e de pele bronzeada e brilhante? Já para não falar que me lembrei dessa bi peça de roupa que este ano será mais uma (no meio de todas do meu armário) a deixar de servir... Não admira que assim seja porque até o mupi da paragem de autocarro me entusiasmou para o que viria a seguir. Mas a areia da praia não me convenceu. Demasiado escura, fazendo lembrar os derrames de crude e a água ostentava uma espuma castanha nojenta.

De Lisboa... ou de coisas que eu não fazia e agora faço

Ir à noite ao Bairro Alto ou ao Cais do Sodré, onde as ruas ficam imundas de garrafas e copos e povoadas de gente perdida e estranha. E onde reina a folia, a animação, o excesso eu estou ali sem estar.

Natureza

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Quando olho para a paisagem, pelos sítios que habitualmente visito, por onde caminho vezes sem conta, onde procuro muitas vezes histórias e distrações na minha cabeça, tento olhar como se fosse a primeira vez, como se nunca aqui estivesse estado. Para que nunca me sinta cansada dos sítios porque tendemos a não ver a beleza e os pormenores. Porque a rotina rouba-nos  a admiração e o encanto. Ontem, enquanto caminhava e abosrvia toda a poluição dos carros em pára-arranca junto à ciclovia (sim, as pessoas insistem em entupir com os carros todos os locais) vi um autocarro de turistas que olhavam e fotografavam e pensei como seria estar no lugar deles. Que imagem retêm daquilo que estão a ver, pela primeira vez, talvez? O mar, a ciclovia, o farol, a costa rochosa, os barcos à vela na regata, tudo...

Luz e moscas

Deitei-me às 05h00 da manhã e já ouvia pássaros em melodias que quebravam o silêncio lá fora. Perguntei-me se as andorinhas já terão chegado a casa da minha mãe. Hoje está sol, finalmente posso abrir janelas, deixar que a luz entre em casa, sentir qualquer coisa de verão lá fora. Inconveniente: a casa encheu-se de moscas.

De partida

Talvez já estejas a caminho, provavelmente com um nó tremendo na garganta por não teres conseguido as coisas de um outro modo. Sempre foste um homem de trabalho, de trabalho no duro, nunca te vi a recusar nada, a deixar que alguém ficasse sem a tua ajuda quando te pediam apoio, sempre foste e serás um exemplo de determinação, de força, de luta, de muito trabalho. Tens um filho que vê em ti o maior exemplo e isso enche-me de orgulho. Vais em busca de trabalho, em condições precárias e juntas-te a muitos que já estão lá fora também, vivendo em contentores nos subúrbios, trabalhando no duro, de sol a sol e matando saudades da família poucas vezes por ano. Levas o desejo e a esperança de conseguir trabalhar para diminuir as dívidas e para fazeres o que este país já não te permite - trabalhar dignamente todos os dias e receber recompensa por isso. E eu depois de falar contigo pelo telefone deixo escapar as lágrimas porque nunca consegui fazer nada por ti. Não me esqueço das vezes em que

06.04.2013

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O sol, o rio, a bicicleta, as conversas empurradas pelo vento, o gelado. Tudo isto e as multidões. Pudesse eu retirar a confusão à paisagem, os atropelos aos lugares de luz.

Por aqui

O vento furioso, as enormes vagas que batem nas rochas e devolvem água e espuma pelo ar, o sal que sinto nos lábios, o mar revolto, as luzes das grandes embarcações ao fundo, a trovoada no horizonte com flashes luminosos brutais, mas silenciados pelo próprio mar. Tem sido assim há três dias.